Estudo Coorte
Os estudos de coorte são um tipo específico de desenho de estudo observacional que apresenta um nível de evidência maior que os outros observacionais, mas menor nível de evidência que os estudos experimentais. Compara a experiência de um grupo exposto e outro não exposto ao longo do tempo, para a identificação dos efeitos da exposição na incidência do evento de interesse. O estudo de coorte é muito utilizado nas pesquisas das ciências da saúde. Por exemplo, os estudos de coorte podem ser usados para aferir os riscos e benefícios do uso de alguma medicação pesquisada.
Índice de Conteúdos
Que é estudo de Coorte?
Para Medeiros (2019), os estudos de coorte é um tipo de pesquisa que se realiza com um grupo de pessoas de características comuns, constituído por uma amostra representativa que é acompanhada, por determinado período, para observação e análise do que lhe acontece durante a pesquisa. Pode ser transversal (análise de um ponto específico da história do evento) ou longitudinal (ocupa-se do estudo de um fenômeno ao longo do tempo).
Já para Cajueiro (2015), os estudos de coorte se trata de um estudo observacional e longitudinal , que expõe certo grupo a fatores de riscos potenciais, para em seguida ser observado, acompanhado e comparado.
Partindo-se de uma tipologia mais abrangente, os estudos se dividem em experimentais e observacionais . A diferença entre estes estudos está na viabilidade do investigador ter ou não controle sobre a exposição de um fator (agente etiológico ou terapêutico).
Os estudos observacionais podem se subdividir em duas classes: descritivos e analíticos. A diferença entre eles, é que os estudos analíticos permite avaliar uma possível associação entre causa e efeito, diferente dos descritivos.
Os estudos observacionais analíticos geralmente são longitudinais (se estendem no tempo) e dentro deles podemos distinguir dois grupos: estudo de coorte e estudo de caso-controle .
Um estudo de coorte é um estudo observacional onde os participantes são selecionados segundo o status de exposição (expostos e não expostos), sendo observados para avaliar a incidência da doença em determinado período.
Uma coorte é um grupo de pessoas, originárias de uma população em estudo, peculiares de uma condição ou experiência comum, onde o resultado é desconhecido no início do estudo. (OLIVEIRA; VELLARDE; DE SÁ, 2015).
Para Marconi e Lakatos (2017) o termo coorte vem da designação utilizada na Roma antiga para descrever as unidades militares “como um grupo de guerreiros ou um grupo de pessoas com características em comum”. O estudo coorte constitui uma abordagem em que, com base em um grupo de pessoas com características comuns, elege-se uma amostra que será acompanhada por determinado período, a fim de observar e analisar o acontece com ela.
Esse tipo de pesquisa apresenta semelhanças com ensaio clínico , visto que “é constituído por uma amostra de pessoas expostas a determinado fator e outra amostra equivalente de não expostos”.
Objetivos do Estudo de Coorte
Muito utilizado na área da saúde, o estudo de coorte objetiva testar, observar e analisar grupos de pessoas por meio de comparação dos sinais apresentados a fim de determinar as causas do problema. (CAJUEIRO, 2015).
Metodologia do Estudo de Coorte
O primeiro passo para um estudo de coorte é determinar os “grupos de expostos” e de “não expostos”. Uma vez que os pesquisadores tenham decidido as variáveis e os desfechos específicos para o estudo, eles devem usar os métodos mais apropriados a fim de medir essas características, dispondo para todos os participantes.
Nos estudos de coorte , os pesquisadores apenas observam o status de exposição, ou seja, não interferem ativamente.
Na medição dos dados do estudo de coorte é importante considerar a validade das medições; o tempo entre as medições e a disponibilidade de medidas uniformes para a população em estudo.
A validade de uma medição refere-se à proximidade dos dados medidos com os dados verdadeiros. Ela deve ser a mais próxima da realidade possível.
O tempo certo entre as medições da exposição e do desfecho depende do conhecimento antecipado sobre o desfecho. Em alguns estudos, os pesquisadores podem se interessar na associação entre a exposição recente e a doença.
Os estudos de coorte não são aconselhados para o estudo de exposições muito recentes ou muito antigas, uma vez que exposições antigas estão passíveis de alterações ao longo do tempo, ocultando a sua relação com o resultado de interesse e as exposições muito recentes tendem a confundir a relação pressuposta temporal entre a exposição e o desfecho. (OLIVEIRA; VELLARDE; DE SÁ, 2015).
Tipos de Estudos de Coorte
Os estudos de coorte podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos):
a) Estudo de coorte prospectivo: é elaborado no presente, com previsão de acompanhamento determinado, segundo o objeto de estudo. Sua principal vantagem é a de propiciar um planejamento rigoroso, o que lhe confere um rigor científico que aproxima do delineamento experimental. Parte-se da observação do presente, prevendo acompanhar o objeto até determinada data futura. (MARCONI; LAKATOS, 2017). Nos estudos de coorte prospectivos , a exposição pode já ter acontecido ou não, mas o desfecho ainda não ocorreu. Neste tipo de estudo de Coorte, as pessoas serão observadas prospectivamente por um período para a avaliação da ocorrência do desfecho pré-determinado. (BRASIL, 2014)
b) Estudo coorte retrospectivo: é elaborado com base em registros do passado com seguimento até o presente. Só se torna viável quando se dispõe de arquivos com protocolos completos e organizados. (GIL, 2019). Nos estudos de coorte retrospectivos, todas as informações sobre a exposição e o desfecho já aconteceram antes do estudo iniciar. Este tipo de estudo analisa no presente os desfechos relativos à uma exposição que aconteceu no passado. Os estudos de coorte retrospectivos comumente usam dados de registros populacionais de determinado país ou região e por isso são mais rápidos que os estudos de coorte prospectivos. (BRASIL, 2014).
c) Estudo de Coorte Retrospectivo-Prospectivo: são os estudos coorte combinados (CAJUEIRO, 2015).
Diferenças entre Estudos de Coorte prospectivos ou retrospectivos
A diferença entre os estudos retrospectivos e prospectivos é fundamentalmente descritiva, e normalmente não causa impacto no plano de análise ou nos resultados do estudo de coorte.
Etapas do Estudo de Coorte
Segundo Marconi e Lakatos (2017), as etapas que constituem um o estudo de coorte são:
- Definição dos objetivos,
- Seleção dos sujeitos do estudo,
- Verificação da exposição ao fator objeto do estudo,
- Seleção do grupo de comparação,
- Acompanhamento do que aconteceu com a amostra estudada;
- Análise do tipo de exposição que levou ao desfecho observado;
- Análise das variáveis confundidoras do resultado;
- Verificação dos riscos;
- Redação do relatório.
Exemplo de Estudo de Coorte
Por exemplo, suponha uma pesquisa que tem como objetivo verificar a exposição passiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer de pulmão. Basicamente, a pesquisa começa pela seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco e de outra amostra equivalente de não expostos. A primeira amostra equivale ao grupo experimental e a segunda ao grupo de controle . A seguir, faz-se o seguimento de ambos os grupos e, após determinado período, verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não expostos.
Outro exemplo, quando a profissão de linotipista era muito requisitada, foi realizado, um estudo de coorte para investigação do aparecimento de determinadas alterações no organismo humano. Os profissionais, por trabalharem próximo à caldeira de chumbo apresentavam variadas doenças, cujos sintomas mais comuns eram irritabilidade, cefaleia, tremor muscular, perda da memória e alucinações. A pesquisa veio a constatar, acompanhando os indivíduos pesquisados por determinado tempo, que a exposição ao chumbo era a causa dessas doenças.
Outra pesquisa de estudo coorte , que comumente se lê nos jornais e revistas ou se ouve nos noticiários televisivos, é a incidência de câncer em fumantes passivos. Também aqui é o acompanhamento por certo tempo dos indivíduos pesquisados que leva o pesquisador aos resultados da pesquisa. (MARCONI; LAKATOS, 2017).
Vantagens dos Estudos de Coorte
Uma grande vantagem dos estudos de coorte é a capacidade de analisar vários desfechos. Os pesquisadores das coortes em estudo são autorizados para estudar mais de um desfecho desde que os participantes estudados estejam livres de cada desfecho de interesse quando o estudo começou. (OLIVEIRA; VELLARDE; DE SÁ, 2015).
Outras vantagens da coorte:
- Podem diferenciar as relações temporais entre a exposição e o desfecho pelo fato de a exposição enteceder o desfecho;
- Podem ser utilizados para análise de múltiplos desfechos;
- Possibitam o cálculo das medidas de incidência nas coortes de expostos e não expostos;
- O status do desfecho não interfere a medida do status de exposição ou seleção de indivíduos;
- São menos propensos a viéses de seleção do que os estudos de caso-controle;
- Alguns estudos permitem ainda que várias exposições possam ser avaliadas.
Desvantagens dos Estudos de Coorte
Uma das desvantagens do estudo de coorte é o viés de informação e a inabilidade para controlar variáveis de confusão (falta de informação) formados nos tipos retrospectivos.
A despeito do amplo conhecimento pela comunidade científica, os estudos de coorte apresentam diversas limitações. Uma das mais importantes refere-se à não utilização do critério de aleatoriedade na formação dos grupos de participantes. Outra limitação refere-se à exigência de uma amostra muito grande, o que faz com que a pesquisa fique onerosa. (GIL,2019).
Outras desvantagens dos estudos de coorte:
- Trazem todas as debilidades do desenho observacional se comparados com estudos experimentais – ensaios clínicos randomizados;
- Probabilidade de ineficiência no estudo de doenças raras ou com extenso períodos de latência;
- Nos estudos etiológicos, frequentemente são caros e difíceis de operacionalizar;
- Desistência ou óbtido dos participantes no decorrer do seguimento comprometendo a validade dos resultados;
- Estão propensos a fatores de confusão devido sua característica observacional. Como resultado, indivíduos podem variar em função de outras características, ocorre o fator de confusão ou confundimento, podendo influenciar nos esultados do estudo;
- Incapacidade para explorar doenças com desfecho raro ou quando a doença tem um longo período de latência.
Riscos dos Estudos de Coorte
Falando de uma forma mais genérica, o Risco se refere à probabilidade de algum evento indesejado. Neste sentido, nos estudos de coorte , a terminologia de Risco é utilizada para apresentar a probabilidade de que pessoas expostas a certos fatores (fatores de risco) adquiram ou desenvolvam subsequentemente uma doença ou situação de interesse. Os estudos de coorte e caso−controle são os delineamentos mais utilizados para avaliação de fatores de risco. Prognóstico é a previsão futura de uma doença, após instalada no indivíduo. Estudos para avaliação de prognóstico são semelhantes aos estudos de coorte para avaliação de fatores de risco. (BRASIL, 2014).
Tipos de Riscos do Estudo Coorte
Após a determinação da incidência da doença em cada coorte, é possível compará-las. Muitos tipos de comparações são possíveis, as mais comuns são o risco relativo e o risco atribuível.
a) Risco relativo é definido como a incidência (proporção ou taxa) em uma coorte dividida pela incidência na coorte de referência.
b) Risco Atribuível (também chamado de “diferença de risco” ou “excesso de risco”): é definido como a incidência (proporção ou taxa) em uma coorte diminuída a incidência do outro grupo. (OLIVEIRA; VELLARDE; DE SÁ, 2015).
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia . Diretrizes Metodológicas : elaboração de revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais comparativos sobre fatores de risco e prognóstico. Brasília: Editora MS, 2014. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_metodologicas_fatores_risco_prognostico.pdf > Acesso em: 03 mai. 2019.
CAJUEIRO, Roberta Liana Pimentel. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos: guia prático do estudante. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
OLIVEIRA, Marco Aurelio. VELLARDE, Guillermo Coca. DE SÁ, Renato Augusto Moreira. Entendendo a pesquisa clínica III: estudos de coorte. Rev. Femina. 2015. Vol. 43. nº 3. Disponível em:< http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2015/v43n3/a5116.pdf > Acesso em: 03 mai. 2019.
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: prática de fichamentos, resumos, resenhas. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2019. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Cient
Send this to a friend
- Oliveira, Marco Aurelio; Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Rio de Janeiro. BR
- Vellarde, Guillermo Coca; Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina. Niterói. BR
- Sá, Renato Augusto Moreira de; Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina. Niterói. BR
Consulta Detalhada
Export format:.
Home > Ciclos da Medicina > Ciclo Clínico > Resumo sobre os tipos de estudos epidemiológicos
Resumo sobre os tipos de estudos epidemiológicos
- Redação Sanar
Confira neste artigo um resumo do conceito de estudos epidemiológicos e os seus tipos. Saiba mais com a Sanar!
Epidemiologia é a ciência que estuda a causa e efeito as das doenças em populações humanas. Por ser principal base da informação em saúde, a epidemiologia é fonte de desenvolvimento metodológico a partir de dados que são extremamente importantes para a medicina, saúde coletiva e todas as outras áreas em saúde.
Os estudos da epidemiologia se diferenciam de acordo com os métodos empregados, que serão expostos a seguir.
Tipos de Estudos Epidemiológicos
Os estudos epidemiológicos são classificados com relação à intervenção do investigador – observacionais ou experimentais – e também levando em consideração o seu propósito – que pode ser descritivo ou analítico.
Há também a diferenciação por amostra, sendo ela individual ou ecológica (grupos de pessoas).
Resumo das diferenças entre os tipos de estudos epidemiológicos
Confira um esquema feito pela Organização Pan-Americana de Saúde (2017) que expõe as diferenças entre os estudos observacionais e os experimentais:
Tipos de estudos epidemiológicos o bservacionais descritivos
Relato de caso e série de casos.
Ambos os estudos analisam de forma detalhada o diagnóstico clínico de indivíduos. Levam em consideração os sintomas, as características e sinais do paciente e os procedimentos terapêuticos que foram utilizados.
Esses são estudos primários, iniciais, que podem servir como base para estudos mais abrangentes – onde pode haver comparações e não apenas análises de casos específicos.
A diferença entre os dois é dada pela quantidade de amostras analisadas – os relatos compreendem de 1 a 3 casos e a série compreende de 3 casos adiante.
Estudo do tipo Demográfico (ecológico)
Estudo focado em grupos de pessoas, onde a sua unidade de estudo é uma área geográfica – há a correlação com o tempo. Através de variáveis ambientais (características físicas do ambiente) e globais (características do grupo) verifica se hipóteses existentes são viáveis ou se existem novas hipóteses a serem consideradas. Um dos seus principais objetivos é avaliar a eficácia de intervenções e a ocorrência do agente.
Transversal
O estudo transversal analisa a frequência – prevalência – de um determinado agente em um grupo e em um tempo determinado. As variáveis são coletadas apenas em um momento, já que o estudo não dispende de um tempo longo de ação. Podem ser investigados vários resultados simultaneamente (de vários pontos no tempo, por exemplo).
Longitudinal
Esse tipo de estudo analisa a incidência de casos (novos aparecimentos) e por isso demanda tempo. Costuma ter foco em apenas uma variável e os dados são coletados periodicamente em um espaço temporal grande. Pode ser prospectivo (surge a causa e se busca o efeito/resultado) ou retrospectivo (há o efeito/resultado e se busca a causa).
Tipos de estudos epidemiológicos o bservacionais analíticos
É um estudo prospectivo, dessa forma, acompanha os grupos em estudo por um determinado tempo e os resultados analisados são obtidos gradativamente, durante o período do estudo.
Os grupos selecionados compartilham fatores comuns de exposição e periodicamente são investigados para que haja a coleta de dados prospectivos dos mesmos.
É aplicado para a identificação da etiologia de uma patologia, a história natural da mesma e analisa o risco relativo – exposição da doença e a sua ocorrência – e por isso também é considerado um estudo longitudinal e de incidência.
Caso-controle
É um estudo retrospectivo, ou seja, analisa dados já produzidos (no passado) – como entrevistas, análises de registros, etc. Objetivo é observar a frequência de exposição de uma determinado agente (normalmente doença) em diferentes grupos. Eles são selecionados de uma mesma população – os casos ( grupo de ocorrência do objeto de estudo) e os controles (grupo que não há a ocorrência do obejto de estudo).
Visa entender e identificar quais são os fatores de risco e de exposição, fatores prognósticos da patologia em questão e a eficácia das intervenções.
Tipos de estudos epidemiológicos e xperimentais analíticos
Ensaios clínicos.
São estudos prospectivos que visam avaliar uma determinada intervenção e compará-la a outra – um tratamento famacológico X utilização de placebo, por exemplo.
Sem objetivo é alcançar a cura, uma melhora clínica ou prevenir complicações de determinada patologia. O Ensaio clínico randomizado, que é a distribuição aleatória das amostras é o mais utilizado.
Ensaios de Campo
Esse estudo analisa grupos (normalmente maiores que os dos ensaios clínicos) de pessoas saudáveis, que não possuem determinada doença mas estão sob o risco de desenvolvê-las. É focado na prevenção e estágio inicial de patologias.
Ensaios de Intervenção Comunitária
É o ensaio de campo aplicado à comunidades.
Síntese dos tipos de estudo
A figura a seguir mostra uma síntese gráfica dos tipos de estudo epidemiológicos:
Referências:
ALMEIDA FILHO, N.; BARRETO, M. L. Epidemiologia & saúde . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
GUIMARÃES, L. S. P. et al . Os principais delineamentos na Epidemiologia – Ensaios Clínicos (Parte II). Clinical & Biomedical Research , [S.l.], v. 33, n. 3/4, jan. 2014.
OLIVEIRA, M. A. P.; SÁ, R. A. M.; VELARDE, G. C.; Entendendo a pesquisa clínica V: relatos e séries de casos . Rio de Janeiro: Revista Femina, v.43, n. 5, setembro – outubro 2015.
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Leitura Crítica de Artigos Científicos . 2011
Organização Pan-Americana de saúde. Tipos Metodológicos de Estudos . 2017
Sugestão de leitura complementar
- Epidemiologia: o que é e a sua diferença entre a Abordagem Clínica
- Estudos epidemiológicos: uma breve revisão | Colunistas
Compartilhe este artigo:
Cursos gratuitos para estudantes de medicina
Materiais úteis:
- Dicas de livros
- Minicurso: fundamentos da bioquímica
- Artigos sobre orientações de estudo
Artigos relacionados:
Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho: diagnóstico e tratamento
O que preciso saber sobre avaliação prognóstica em cuidados paliativos?
Tromboembolismo Pulmonar (TEP): o que o intensivista precisa saber
- Dr Pedro Della Libera
Inscreva-se na nossa newsletter
Receba informações semanais sobre carreira, formação médica e novos materiais gratuitos disponíveis.
Segue a Sanar
A Sanar oferece um ecossistema de produtos e serviços de apoio aos estudantes, profissionais de medicina, e também de outras áreas da saúde. Da graduação à pós-graduação, a Sanar tem a solução certa para o seu dia a dia.
Para todas as fases
Ciclo Básico de Medicina
Ciclo Clínico de Medicina
Preparação R1
Pós graduação
Dia-a-dia Médico
Atendimentos
Procedimentos
Especialidades
Rotinas de Trabalho
Produtos da Sanar
Livros de Medicina
Sanar para Instituições
Trabalhe Conosco
Sanar © Copyright. Todos os direitos reservados.
Política de privacidade.
- PROVAS DE TÍTULO
A classificação dos estudos epidemiológicos e suas respectivas explicações podem ser encontradas aqui . Ao compreender essas classificações, você terá uma visão mais ampla do conceito do estudo abordado neste texto.
Para uma rápida compreensão das diferentes classificações dos estudos epidemiológicos, apresentamos abaixo um mapa mental que sintetiza e organiza visualmente essas categorias.
Individuado → Observacional → Longitudinal → Coorte
O estudo de coorte é um método de pesquisa epidemiológica que envolve a observação de um grupo de indivíduos (população sob risco) expostos a fatores de risco específicos , como idade, sexo, tabagismo e hábitos alimentares. Desse modo, ocorre o acompanhamento destes indivíduos ao longo do tempo para avaliar a ocorrência de desfechos , geralmente agravos em saúde.
Uma característica fundamental do estudo de coorte é sua capacidade de avaliar a incidência de agravos, observando o desfecho após a exposição aos fatores de risco.
Existem dois tipos principais de estudos de coorte:
- Prospectivos (ou concorrentes): analisam o desenvolvimento de condições ao longo do tempo
- Retrospectivos (ou não concorrentes): examinam coortes anteriores.
As vantagens do estudo de coorte incluem a capacidade de estudar fatores de risco , medir incidência , investigar o prognóstico das doenças (história natural), estabelecer associações e causalidade , e é bom na avaliação de doenças fatais.
No entanto, o estudo de coorte também apresenta desvantagens , como alto custo , longa duração , risco de perda de seguimento dos participantes, dificuldade de reprodução e inadequação para o estudo de doenças raras.
Quer alcançar a aprovação nas provas de residência médica? Então seja um MedCoffer ! Aqui te ajudaremos na busca da aprovação com conteúdos de qualidade e uma metodologia que já aprovou mais de 10 mil residentes no país! Por fim, acesse o nosso canal do youtube para ver o nosso material.
- Desvantagens
- Estudo de coorte
- Provas de Residência
- Residência Médica
Princípios da Bioética na prática médica
Eficácia, efetividade e eficiência: conceitos importantes para sua formação em medicina, descubra quais são os princípios e diretrizes básicos do sus, pesquisa do cfm divulga dados sobre violência contra médicos, confira os locais de prova do enare 2024/2025, seis pacientes testam positivo para hiv após transplante de órgãos no rj, posts atualizados, ms publica lista atualizada de doenças relacionadas ao trabalho, ministério da saúde atualiza diretrizes para a vigilância epidemiológica das meningites no brasil, provas anteriores do enare: saiba o que estudar, categorias populares.
- Residência Médica 398
- Raio-X Editais 212
- Editais 149
- Destaques MedCof 147
- Clínica Médica 99
- Carreira Médica 99
- Pediatria 88
- Novidades 65
© Grupo Medcof
Serviços Personalizados
Indicadores, compartilhar.
Journal of Human Growth and Development
Versão impressa issn 0104-1282 versão on-line issn 2175-3598.
CAMARGO, Luís Marcelo Aranha ; SILVA, Romeu Paulo Martins e MENEGUETTI, Dionatas Ulises de Oliveira . Tópicos de metodologia de pesquisa : Estudos de coorte ou cohorte prospectivo e retrospectivo . J. Hum. Growth Dev. [online]. 2019, vol.29, n.3, pp.433-436. ISSN 0104-1282. https://doi.org/10.7322/jhgd.v29.9543 .
Na área de ciências da saúde, o método epidemiológico, pode ser dividido em epidemiologia descritiva e a analítica, essa última se divide em observacional (estudo de corte transversal, estudo caso-controle e estudo de coorte/cohorte) e experimentais. Os estudos de coorte ou cohorte, podem ser retrospectivos ou prospectivos, e ambos partem do pressuposto que o pesquisador irá acompanhar uma população ao longo do tempo para buscar possível associação entre exposição e desfecho. Esses tipos de estudos apresentam como vantagens a possibilidade de se mensurar vários fatores de exposição e desfechos, tanto primários como secundários, aplicam-se tanto para desfechos relativamente frequentes e fatores de exposição raros. Porém, muitas vezes são estudos prolongados e, portanto, caros. Têm como principais viéses os de seleção, memória e informação. São estudos que podem apontar para associações estatísticas entre exposição e desfecho que necessitam de outros modelos para se comprovar há casualidade destas associações.
Palavras-chave : coorte [cohorte]; estudo longitudinais; follow-up.
IMAGES
COMMENTS
Os estudos de coorte são um tipo específico de desenho de estudo observacional que apresenta um nível de evidência maior que os outros observacionais, mas menor nível de evidência que os estudos experimentais. Compara a experiência de um grupo exposto e outro não exposto ao longo do tempo, para a identificação dos efeitos da ...
Que o estudo de coorte, mesmo apresentando alguns vieses, é um método que consegue estimar a incidência de um desfecho (ou mais) exposto a um ou mais fatores, e verifica se há associação estatística entre exposição e desfecho, tanto primários como secundários. Figura 1: Estudo de coorte prospectivo e retrospectivo.
Os estudos de coorte são aqueles que oferecem a melhor informação sobre a causa/etiologia de uma determinada doença e permite a avaliação de risco. Geralmente, a medida utilizada nos resultados desses estudos é o risco relativo. Os estudos de coorte são identificados na literatura como sendo um tipo de estudo
Os estudos são divididos habitualmente em experimentais e não experimentais (observacionais), cuja diferença está na possibilidade de o investigador ter ou não controle sobre a exposição de um fator (agente etiológico ou terapêutico). Nos concentraremos aqui no estudo de coorte.
Os estudos epidemiológicos são classificados com relação à intervenção do investigador – observacionais ou experimentais – e também levando em consideração o seu propósito – que pode ser descritivo ou analítico.
O estudo de coorte é um método de pesquisa epidemiológica que envolve a observação de um grupo de indivíduos (população sob risco) expostos a fatores de risco específicos, como idade, sexo, tabagismo e hábitos alimentares.
Estudos de Coorte. Unidade de análise: Individual. Papel do investigador: Observacional. Temporalidade: Longitudinal. São estudos que medem o risco de uma exposição ou fator de risco poder desencadear uma doença.
Os estudos de coorte ou cohorte, podem ser retrospectivos ou prospectivos, e ambos partem do pressuposto que o pesquisador irá acompanhar uma população ao longo do tempo para buscar possível associação entre exposição e desfecho.
ESTUDOS OBSERVACIONAIS COORTE Taiza E. G. Santos-Pontelli NCC5701 - Metodologia Científica e Estudos Clínicos 1 Tópicos da Apresentação 1.Estudos coorte: características principais 1.Estudos coorte: medidas 2.Estudos coorte: classificação em relação ao tempo 3.Critérios para desenhar bem um estudo coorte